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domingo, 11 de julho de 2010

Fiat Punto ganha motores à sua altura


Pergunte a qualquer dono de Punto 1.4 qual o principal defeito do seu carro. A resposta certamente será o desempenho pífio dos 86 cv do motor que, para piorar, vem acompanhado de alto consumo de combustível. No caso do propulsor 1.8 litro, fornecido pela GM, a queixa em relação à performance é amenizada, mas o descontentamento com a sede do carro é ainda maior. Bonito, confortável, bem equipado e dono de uma dirigibilidade invejável, o Punto fica menos competitivo frente a Volkswagen Polo e Citroën C3, seus principais concorrentes. Ficava, porque o hatch da Fiat entra na linha 2011 equipado com os novos motores 1.6 16V e 1.8 16V da família E.torQ, produzidos na fábrica da FPT (Fiat Powertrain Technologies) em Campo Largo, Paraná. Com a chegada dos novos motores, a Fiat repensa o mix de vendas: 20% será a fatia do 1.8 16V, 40% do 1.6 16V e 40% do 1.4, que se mantém na linha na versão de entrada, a Attractive.


O 1.6 16V (115/117) convence facilmente o motorista de que não é preciso apelar para o 1.8 16V (130/132 cv) para ter um desempenho coerente com a proposta e o porte do Punto. A reação em baixa rotação é boa, e em giros maiores têm-se um carro esperto nas mãos. O câmbio agrada quem anda devagar, com relações de marchas mais longas; mas também pode empolgar quem (ainda mais dentro de um circuito) busca uma tocada mais esportiva, graças à alavanca muito bem posicionado e aos engates macios e precisos.


Com o 1.8 16V, equipado com o câmbio Dualogic, a diferença de desempenho é sensível e instiga o condutor a acelerar mais. Não se trata de um esportivo, como o T-Jet com seus 152 cv, mas há fôlego de sobra para ultrapassagens e retomadas. Quanto à transmissão automatizada, a calibragem do software foi alterada, melhorando o funcionamento em relação aos demais modelos da Fiat que usam o Dualogic – ainda que os solavancos permaneçam evidentes, a evolução é perceptível. E se neles a operação se torna mais eficiente aliviando o pé do acelerador a cada troca, no Punto 1.8 16V esse macete não funciona: é melhor manter pressão sobre o pedal. As reduções no modo manual são precisas e os inúmeros apitos de alerta quando se faz algo errado diminuíram de irritantes 13 repetições para apenas duas.


No mais, o Punto continua oferecendo a melhor posição de guiar do segmento, batendo até em carros de categoria superior. Com ajuste de altura e profundidade do volante e um cockpit que abraça o motorista, fica impossível não encontrar a posição ideal. A direção tem respostas diretas e a estabilidade é irreparável – no autódromo de Curitiba, nas curvas mais ousadas, o Punto inclina pouco a carroceria e apenas desliza, permitindo ser corrigido antes de qualquer escapada mais perigosa.
A Fiat deu ao Punto o que ele precisava: motores à sua altura. Com preços interessantes e uma boa lista de equipamentos de série e opcionais, vai acirrar a briga com o VW Polo, até aqui a referência do segmento em desempenho.

Fonte: Fast Driver

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