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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Magnífico Jaguar XF !!


Este incrível sedã não estabeleceu recorde de velocidade, apesar de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos, de acordo com o teste de AE. Nem vendeu demais para figurar no Guiness Book. O XF é, sim, responsável pela maior guinada da Jaguar nas últimas décadas. As linhas da carroceria e os níveis de segurança e tecnologia indicam qual direção a marca inglesa, agora nas mãos do grupo indiano Tata, irá seguir: mais ousadia e menos conservadorismo.
Duvida da mudança? Então, olhe melhor as fotos, e responda: qual outro Jaguar é ousado como esse? O XK (inspiração para o X-Type e para o antecessor do XF, o S-Type) e o topo de linha XJ são bem apegados ao passado. Quanto menos mudar, melhor. Um XJ 2002 é quase o mesmo da linha 2008. O XF rompe com este tradicionalismo.
Começando pelo estilo agressivo, especialmente na frente, onde o conjunto ótico e os vincos pronunciados do capô dão a impressão de um olhar felino. A traseira tem quê de Aston Martin. A elegância interior não deixa esquecer que estamos em um Jaguar, mesmo com linhas modernas. O painel em dois tons e o quadro de instrumentos são limpos, sem excessos.


Como a Jaguar decidiu não ser mais uma concorrente sem brilho para a BMW Série 5 e a Mercedes Classe E, vai atacá-los com um XF armado até os dentes em equipamentos de luxo, tecnologia, conforto e segurança iguais ou semelhantes aos dos concorrentes.
Assim, o sedã traz aquecimento, resfriamento e ventilação dos bancos dianteiros com regulagens individuais para encosto e assento; monitor com tela de toque para acesso de comandos; câmera para auxiliar manobras de ré; sensor de temperatura para a abertura do porta-luvas; monitores de pressão dos pneus e o controle adaptativo de velocidade ACC, que acompanha a velocidade do veículo à frente para tentar evitar colisões.


Vem também faróis direcionais, que não acompanham a trajetória nas curvas, mas acendem lâmpadas extras que ampliam a área iluminada. Um detalhe interessante é a saída da água embutida nas palhetas dos limpadores do pára-brisa. Melhora a área coberta para a limpeza e diminui o desperdício.
Na performance, o V8 sobrealimentado e a suspensão ativa CATS dão muito prazer à condução. O sistema CATS mexe com os amortecedores de acordo com o modo de direção. Deixa o carro preso ao chão. Se for o normal, o conforto será privilegiado. O dinâmico dá mais rigidez aos amortecedores para a direção esportiva. Junto com o DSC (sistema de controles de tração e estabilidade), ajuda a controlar o ímpeto dos 420 cavalos e 57 quilos de torque do V8 4.2.
Para dar movimento a 1,8 tonelada do XF, basta ter a chave no bolso ou no espaço próprio para ela na parte inferior esquerda do painel. As saídas de ar são fechadas automaticamente quando o carro é desligado. E se abrem quando aperta-se o botão da partida pela primeira vez, sem ligar o carro. Toque de classe. Assim como dispensou a chave, o XF não tem mais alavanca de câmbio. Agora é um botão giratório.


Se o patrão não estiver, o chofer pode brincar com os modos programados de fábrica. Girando o botão totalmente para a direita, e o apertando levemente para baixo, entra em ação o modo Sport. Nele, motor, direção e DSC (controles de tração e estabilidade) atuarão normalmente. As relações de marchas, no entanto, ficam mais curtas. O modo Winter (inverno), cujo botão fica no console, faz o contrário, reduzindo a atividade dos sistemas. Menos do câmbio, que entra em regime normal.
O chofer pode ainda soltar a vontade reprimida de acelerar forte. Outro botão no console, identificado com uma bandeira quadriculada, muda todos os parâmetros para a esportividade. Nesta hora o ideal é trocar as seis velocidades da marcha manualmente, nas aletas atrás do volante. A interação com o carro fica interessante, especialmente por se extrair mais o ronco abafado do V8 Supercharged. Nem tudo são flores, porém: apesar da grande potência e da tração traseira, não é possível cantar pneus com o XF (nem com o DSC desligado). A Jaguar justifica o breque da seguinte forma: "é um carro de senhores, não para queimar borracha".


O XF está à frente da concorrência em relação à segurança dos pedestres. Tem dois air bags sob o capô, na área das colunas dos amortecedores, que servem para empurrar o capô para cima em um eventual atropelamento. São ativados por dois sensores no pára-choque, ao lado da placa. A idéia é criar uma barreira mais suave - capô e grade são de materiais mais leves - para evitar que o infeliz atravesse o vidro.
O XF deixa a impressão de ser um carro que irá brigar em igualdade de condições no segmento. Com avantagem de não ter a chatice de estilo de um Jaguar. Deve agradar onde for vendido. A ironia nesta história é que a Ford foi a responsável pela mudança de direção da marca, mas quem vai colher frutos é a Tata. A vida nem sempre é justa.


Fonte: Auto Esporte

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