Ford, Fiat, Renault, Peugeot, GM... Diversas fabricantes gastaram cartuchos para acertar o Civic. O objetivo? Criar o anti-Civic. Desde que a nova geração do sedã foi lançada por aqui, em 2006, o Honda virou referência e líder incontestável do segmento.
Bem, a história já não é mais assim. Em termos de refinamento mecânico e conforto interno, o Civic ainda é considerado referência de mercado. Mas a liderança do segmento ele deixou para trás nesta semana. O Corolla reassumiu a ponta da tabela de vendas. A liderança do Toyota, porém, só veio com a chegada do Honda City. Isso mesmo, de onde menos se esperava, surgiu o anti-Civic. Não, não estamos comparando os irmãos. Estamos retratando apenas o atual cenário de vendas. O City fez despencar as vendas do Civic.
Até o começo do ano, o Civic vinha emplacando cerca de cinco mil unidades por mês. Hoje, a média caiu para menos de 3.500 unidades, mesmo volume do irmão menor, o City. “Sim, sentimos que alguns clientes ficam em dúvida entre qual carro comprar quando chegam na loja”, diz um vendedor de concessionária Honda da zona sul de São Paulo. O preço do City, com motor 1.5, parte de R$ 57.420. Já o Civic, que traz motor 1.8, custa R$ 65.745, mas é possível encontrar algumas unidades em promoção sendo vendidas por R$ 61 mil. O preço próximo contribui na indecisão do consumidor. "Se por um lado o City é mais fraco, por outro ele leva mais bagagem e é novidade", diz um gerente de vendas de uma revenda Honda do Rio de Janeiro. O fator novidade vem turbinando as vendas do City e derrubando as do Civic, admitem os lojistas.
Segundo dados da Fenabrave (associação que reúne as concessionárias), na primeira quinzena de novembro foram emplacadas 1.360 unidades do City e 1.218 de Civic. Para você ter uma idéia, no mesmo período a Toyota vendeu 2.305 Corollas. Com o objetivo de se diferenciar ainda mais do City, o Civic vai ganhar, no ano que vem, um motor 2.0 mais forte e potente, além de leves retoques de estilo. É a sua defesa para evitar o fogo amigo.
Fonte: Auto Esporte
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